Parceiros abusivos colocam a vida de aproximadamente 2 bilhões de mulheres em risco no mundo todo. Com a pandemia, esse cenário ficou ainda mais preocupante: somente no Brasil, uma em cada quatro mulheres com mais de 16 anos afirma ter sofrido violência física, psicológica ou sexual no último ano, segundo pesquisa do Instituto Datafolha. Saber identificar os sinais de um relacionamento abusivo pode salvar tanto a sua própria vida como a das mulheres ao seu redor.
Se encontrar em um relacionamento abusivo não é sinal de fraqueza ou inferioridade. No papel, diferenciar amor e abuso parece simples, mas não é preto e branco. O abuso é cheio de nuances, e um agressor pode ser surpreendentemente charmoso nos primeiros encontros.
Antes de tudo, é importante ficar alerta aos primeiros sinais de possessividade e ciúmes exagerado, que podem escalar para um comportamento agressivo, invasão de privacidade, chantagem, manipulação, controle financeiro, ameaças e violência sexual, verbal, emocional e física. O impacto sobre a vítima de um relacionamento abusivo também é perceptível. Com o tempo, ela pode se tornar cada vez mais retraída e isolada socialmente, podendo desenvolver problemas graves de ansiedade, baixa autoestima, transtornos alimentares, dependência química ou depressão.
Muitas vítimas sentem-se culpadas pela agressão, e mantêm a crença de que tudo vai passar. Ou reconhecem que estão em uma situação de risco, mas acreditam que não conseguem viver sem o parceiro, seja por questões financeiras ou emocionais. É essencial entender que a violência íntima nunca é culpa da vítima, mas sim de um comportamento inadequado por parte do parceiro. Uma vítima não deve sentir-se na responsabilidade de mudar ou “melhorar” um agressor. A sua própria segurança sempre deve ser priorizada, pois a única pessoa que ela é capaz de salvar é a si mesma. Além disso, é fundamental lembrar que
Admitir estar em um relacionamento abusivo nunca deve ser motivo de vergonha. Buscar ajuda é um ato de coragem. A melhor forma de auxílio é a Psicoterapia, pela qual você poderá reconhecer e se desvencilhar de um abusador e, fundamentalmente, entender que existe vida após o abuso. A Wainer Psicologia Cognitiva disponibiliza a Clínica de Psicoterapia, com profissionais qualificados prontos para atender a sua demanda.
Como denunciar
Se você não se sente segura para denunciar ou entrar em contato com um profissional, peça para alguém de confiança fazer isso por você. Ao buscar por ajuda ou informações, não esqueça de utilizar o navegador em modo anônimo ou deletar o histórico após a busca.
Se você identificar alguma dessas características em alguma amiga ou familiar, qualquer providência deve ser tomada com muita discrição para garantir a segurança da vítima. Se você desconfiar que uma vida corre perigo, converse com um psicólogo ou especialista. Em caso de violência testemunhada, contate as autoridades imediatamente.
- Polícia Militar: 190
Utilizar em casos emergenciais, como violência presenciada, necessidade imediata ou socorro rápido.
- Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU): 192
Quando uma situação de violência levar a uma emergência médica, é preciso chamar uma ambulância. O SAMU deve ser acionado apenas quando a vítima precisar de socorro imediato e/ou não tiver condições de se deslocar até o atendimento médico.
- Central de Atendimento à Mulher: 180
Canal de escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. Disponível gratuitamente 24h, o serviço registra e encaminha denúncias, que podem ser feitas de forma anônima.
- Defensoria Pública: 0800-644-5556
Para orientação quanto aos direitos e deveres da vítima de violência contra a mulher.
- Delegacia Online do Rio Grande do Sul: Acesse o site
No Rio Grande do Sul, denúncias de violência doméstica e familiar contra a mulher podem ser realizadas de forma inteiramente anônima e online. A plataforma é vinculada à Polícia Civil e permite que vítimas relatem agressões sem precisar ir até a delegacia, facilitando a solicitação de medidas protetivas de urgência.
- Centros de Referência de Atendimento à Mulher no Rio Grande do Sul: Acesse a lista de locais
São espaços de acolhimento, orientação e encaminhamento jurídico em situações de violência. Também é oferecido atendimento psicológico e social.